quarta-feira, 19 de maio de 2010

romance noir.

Fim de semana, fim de tarde... Eu mexo o gelo do copo com o dedo. Melhor sozinho até porque a solidão é uma velha amiga. As persianas clichezadas não filtram a poeira dourada. Esse escritório às vezes dá impressão de um pardieiro suspeito. Longa avenida eu sei, mas eu preciso encontrar, outra saída eu sei, pra esse romance noir.
A sombra entra lentamente, enquanto o trânsito ecoa distante. Não sei porque ela insiste, mas não vou, não vou pensar nisso agora. Como também não vou pensar que o amor tem seus próprios fios. A chuva desce com trovões, e da janela observo a fiação. Longa avenida eu sei, mas eu preciso encontrar, outra saída eu sei, pra esse romance noir (:





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