terça-feira, 21 de setembro de 2010

Silêncio em segredo.

Qual o preço da sua paz? Qual o preço da sua tranquilidade? Qual o preço da sua consciência limpa?
Minha paz tem preço imensurável, tão imensurável que às vezes nem eu consigo pagar... E às vezes nem depende somente de mim.
A tranquilidade eu procuro cultivar dentro de mim, em minhas atitudes, decisões, enfim: em minha essência. E minha paz depende disso, da minha tranquilidade e de minha consciência limpa.
Às vezes tenho vontade de chorar, e choro, muito. De tristeza, de frustração, de solidão, ou apenas pelo fato da água transbordar meu rosto.
Eu sinto falta do que não existe, do que nunca existiu, e do que poderia existir.
Eu não tenho ninguém pra me ouvir desabafar, ninguém pra me confortar de meu vazio e até mesmo pra ouvir meu silêncio, que por sinal diz muito sobre mim. E por isso sou repleta de segredos íntimos e desconhecidos. Não obstante não desejo piedade de ninguém, acho melhor que a guardem para os famintos da África, e nem a falsidade, acho uma total falta de caráter. Acho que tudo isso é culpa da instinção da lealdade e da discrição. E quanto a meus segredos? Eu os guardo só pra mim, afinal ninguém tem nada a ver com eles a não ser eu. Uma parte deles saem de mim em forma de lágrimas e alguns eu transcrevo em palavras discretamente calculadas para não falarem demais.
Sou sensível demais, chega a ser difícil de descrever. Melodramática, é o que sou, eu sei. Mas é isso que me salva do colapso, por ser o único motivo pra eu ser capaz de traduzir o que sinto para o português legível.
Há uma possibilidade de eu nem saber o porquê de tudo isso, há uma possibilidade de você não se parecer comigo, mas sei, que escrever isso agora vai trazer paz pra minha alma, e no momento é minha necessidade mais impetuosa.
E se isso serve de reforço pra o que digo, uma citação do meu querido John Lennon: "O mundo é apenas uma pequena cidade; Todo mundo tentando nos diminuir". Você discorda dele? Porque eu não.

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